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Mostrando postagens de 2019

#3 Como se vingar de James, de Jane Fallon

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(Record, Tradução de Marilene Tombini)      Um dos principais motivos do meu interesses renovado em chick lit (detesto o termo, mas o uso, por falta de um melhor, para classificar os romances com protagonistas do sexo feminino e que contêm altas doses de humor) é o fato de eu ter recentemente lido A room of one's own (traduzido como “Um teto todo seu” e “Um quarto só seu” dependendo da editora), da Virginia Woolf, que amei, por sinal. Mas hoje vim aqui falar do romance de Jane Fallon, que é também uma produtora de TV britânica.     Os três personagens principais são Stephanie - uma personal stylist, mãe de um menino de sete anos, Finn, e até então supostamente "bem casada" com o salafrário James . "A outra", Katie, é uma "acupunturista e massagista com especialização em aromaterapia" zen e crédula, pois jamais desconfiou que seu namorado ainda fosse casado. James é um veterinário que se aproveita do fato de trabalhar em Londres ‒ onde vive com a famí

#2 Paris é uma festa, de Ernest Hemingway (releitura)

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(Civilização Brasileira, Tradução de Ênio Silveira) Empolgada com a leitura anterior , eu decidi desenterrar das profundezas da minha biblioteca o meu exemplar de "Paris é uma festa"  que li na adolescência. É uma edição de 1985, ou seja, o livro já era antigo quando o comprei num sebo dezenove anos atrás. Quem gosta de edições antigas e/ou compradas em sebos sabe o que um exemplar assim pode despertar. Fiquei emocionada porque, apesar de eu não ter gostado da leitura desse livro na primeira vez, as lembranças do momento de vida em que o comprei e dos caminhos que ele e eu percorremos (tanto literal quanto metaforicamente) até nos reencontrarmos atualmente, já foram uma viagem muito gostosa de fazer. Contato com o livro antigo + a história da minha (re)descoberta de Hemingway = bons presságios para a leitura. E eles foram confirmados. Aqui, Hemingway narra suas memórias do período em que, aos vinte e poucos anos, começava sua carreira de escritor e sua vida com a primeira

#1 Por quem os sinos dobram, de Ernest Hemingway

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(Bertrand Brasil, Tradução de Luiz Peazê)      Muitos leitores já devem ter ouvido que há  o momento “certo” para ler determinados livros e sobre os “perigos” de lê-los “por obrigação” ou “na hora errada”. Eu li “O velho e o mar” e “Paris é uma festa” na adolescência, lá pelos 15 ou 16 anos, se me lembro bem. Li porque quis e devo ter gostado do primeiro livro, ou não teria lido o segundo. Acontece que a única coisa que me lembro da autobiografia romanceada do Hemingway é que, ao terminar a leitura, pensei “não entendi por que esse livro é tão aclamado”. E nunca mais tinha procurado nada do autor até recentemente, quando li “A autobiografia de Alice B. Toklas”, da Gertrude Stein e fiquei enlouquecida com as referências culturais da época em que ela, Hemingway e tantos outros artistas conviveram e colaboraram uns com os outros em Paris. Para dar outra chance ao autor, escolhi “Por quem os sinos dobram”. Ao ler o romance, originalmente publicado em 1940, tive a impressão de que, de fato